A fotografia é uma expressão artística diferente das demais formas de arte visual. Enquanto na pintura, desenho, escultura e, mesmo, na arte digital, o artista cria uma cena que imaginou, ou que surgiu espontaneamente de seus sentimentos; na fotografia não se cria nada, apenas se destaca, se congela no tempo uma imagem que já existe. A fotografia artística é essencialmente a arte do olhar. O fotógrafo tem em sua câmara uma janela por onde enxerga o mundo, à sua maneira e conforme as suas emoções, e vai criando fotografias que, na verdade, já estavam ali, esperando serem vistas e registradas por alguém.
A cofitense Elisa Murgel é uma artista que se rende profundamente a essa arte do olhar, jamais produzindo uma cena antes de fotografar e nunca editando suas fotografias depois de registradas por sua câmera. Sua arte se caracteriza por apresentar imagens simples, mostrando detalhes do cotidiano, com poesia e nuances surrealistas, captando sempre cenas que já estavam prontas mas nem sempre sendo percebidas no primeiro olhar.
A exposição Janelas do Olhar é uma mostra dos últimos anos de seu trabalho, algumas das imagens que passaram pela “janela” de sua inseparável Nikon. Elisa passou a expor suas fotografias em 2015, montando 9 exposições individuais e já tendo participado de dezenas de exposições coletivas no Brasil, nas quais recebeu 15 prêmios (Bunkyo, SINAP/AIAP, Arceburgo, entre outros) e 13 exposições no exterior (Finlândia, Luxemburgo, Inglaterra, Itália, Espanha, França, México e Japão).
Janelas do Olhar fica em cartaz no Museu Conceição de ItanhaémMuseu Conceição de Itanhaém, de 3 de outubro a 14 de novembro.
